quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

A criança, a alimentação e a actividade física desportiva


Em conversa com a Dietista Ana Rita Rocha, procurámos saber mais sobre as questões da alimentação, relacionadas com a actividade física desportiva e com a criança. Como ajudar por exemplo, a criança obesa?

Ana Rita Rocha considera que a prevenção é o melhor tratamento da obesidade. Nos casos em que esta se encontra instalada, é fundamental conciliar uma alimentação nutricionalmente equilibrada (rica em frutas, vegetais, leguminosas, cereais) com uma actividade física regular (60 minutos de actividade física moderada a vigorosa).
A mudança de estilos de vida (alimentação e actividade física) é a estratégia fundamental, especialmente nas crianças, dado que é em idades mais precoces que se estabelecem práticas inadequadas que podem persistir até à idade adulta. Contudo, alterar estilos de vida não é tarefa fácil, implicando um grande esforço pessoal e o envolvimento de todos aqueles que se relacionam com a criança. O acompanhamento por uma equipa multidisciplinar, envolvendo médicos, dietistas, psicólogos, enfermeiros (entre outros consoante o caso), tem demonstrado facilitar a adesão à mudança de estilos de vida.
Refere ainda que um plano alimentar completo, adaptado à idade e ao estado nutricional, dando ênfase à descoberta de novos e variados alimentos, fraccionando em 5-6 refeições diárias é fundamental para facilitar uma perda de peso saudável, sem que seja necessário recorrer a restrições alimentares, dado a fase de desenvolvimento em que a criança se encontra.
É importante que a criança realize actividades nas quais desfrute prazer e se sinta integrada. Desportos de equipa promovem a integração da criança. Contudo, é necessário verificar em que medida o facto desta, eventualmente, não alcançar o desempenho dos colegas, lhes possa provocar alguma sensação de limitação.
A título preventivo, considera que é necessário investir em acções de promoção da alimentação saudável e da prática regular de actividade física, assim como em rastreios de avaliação do estado nutricional, de modo a detectar os casos que impliquem um acompanhamento personalizado.
Obrigado à Ana Rita, pelo contributo transmitido neste "post".

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